Eremita

Abriu os olhos e se percebeu plena, completa e só. Só. Não uma solidão comum. Não aquela que as pessoas enxergam o mundo à sua volta e se sentem sozinhas. E nem aquela em que elas não enxergam o mundo à sua volta. Abriu os olhos percebeu que tem amigos, família e uns buracos no peito. Abriu os olhos e perceber que não tem para onde voltar, muito menos com quem fugir. 

Escolheu sim a solitude, mas não a solidão. Pior do que não ter alguém, ou ter e não perceber, é ter e não bastar. É não ter a si mesma. E ao perceber isso, a plenitude e completude se esvaíram. E ao perceber isso sentiu dor. Dor por se enganar, não, ela não dá conta. Não dá conta dela mesma. Mas se compromissou consigo mesma a dar um jeito nisso. E dará. Não sabe como, nem quando, mas só estará para o mundo outra vez quando estiver inteira para ela mesma. 

Retornar.

Depois de um susto me percebi aqui pairando no ar. Pude ver minha vida de fora, de cima e por dentro de dentro. Me vi mulher e nem sei quando isso aconteceu, me vi responsável e não sei quando isso se deu, vi que nada era como antes, não vi nada, me vi. Eu. E nem sei dizer quem sou, mas sei que sou. Sei que deixei de ser e que agora sou o que você quiser ver. Eu me vejo mulher, adulta, corajosa e sensível. Você vê o que consigo mostrar. As vezes mostro mais do que eu até mesma posso ver, as vezes eu mesma me surpreendo com o que você vê. Eu gosto de me mostrar. 

Prosseguir.

A vida prosseguiu. O Mundo deu mais do que uma volta desde a última postagem. Eu já fiz tanta coisa que quase me esqueci que eu tenho um "Passado no Presente, Futuro". Esse espaço, que eu chamo de meu, já foi tanta coisa que eu me perdi nele. Me perdi e por um tempo fui embora. Fui e voltei. A questão é que o isso tudo que tem aqui, agora é só passado, e o futuro foi diferente, e o motivo é simples, o passado não ficou no presente. Isso aqui, começou, quando eu tinha 13 anos, e era apenas uma adolescente deveras irritada com as coisas do mundo, e hoje eu tenho 18 e não que eu ainda não me irrite, não me incomode ou me chateie, mas vejo as coisas com muito mais amor. Pois bem, essa é a minha despedida. Eu agradeço a todos os que leram por todos esses anos tudo que eu postei aqui. Eu quero lembrar que tudo o que está aqui continuará, porquê saudade a gente sempre tem. Eu vou escrever em um novo espaço. E esse será apenas do presente e do amor. E pode me chamar de hippie ou o que quiser, mas com isto aqui eu aprendi a coisa mais importante da minha vida: é fácil arrotar discursos sobre ser alguém, sobre ter uma postura e sobre mudar o mundo, é fácil dizer eu te amo para quem não se conhece, difícil é fazer as coisas acontecerem, difícil é amar.

Um Agradecer.

Fiquei 10 meses sem escrever. 2012 parou minha vida ao mesmo tempo que fez ela girar. Eu nem sei por onde começar de novo tudo isso aqui. Esqueci que eu compartilhava a vida por aqui quando aprendi a compartilhar a vida com as pessoas ao vivo, sentindo na pele a sensação do outro, mostrando meu sentimento sem medo do que pensariam das minhas lágrimas. E as lágrimas ultimamente tem sido de felicidade, eu ando derramando amor, por mais difíceis que as coisas estejam externamente, dentro de mim há paz. Então isso é só um novo olá e quem sabe eu volte!

Sem Mais Nem Menos

Tudo estava bem, em paz, ao menos no coração daquela que emanava amor. Agora, no coração alheio que recebia amor, este coração reclamava de amor de mais. E sem mais nem menos o coração que amava recebeu um choque, um baque, uma apunhalada no coração, e a faca ainda está lá.
É muito complicado quando uma pessoa não é sincera com a próxima. Quando falta sinceridade não há possibilidade de se adivinhar o que o outro sente, e então quando resolve-se ser sincero o choque para quem ama é grande de mais. E vem sentimentos cruéis como a traição e o se sentir testado no coração daquele que emana amor. E nessas o coração que ama já nem sabe mais se pode confiar seu amor ao amado.

Queria passar mais tempo com quem eu amo. Poder viver ao menos 48 horas inteiras durante a semana com aquele(s) que amo. É mas na maioria das vezes isso não é possível. Temos nossas vidas, nossas particularidades e nossos gostos, e por mais que haja amor entre nós não somos siameses para fazermos tudo juntos. Não me sinto trocada, de forma alguma, as vezes penso que fui deixada de lado, mas eu também os deixo. Deixei vários amores quando resolvi mudar minha vida, mas não os tirei da minha vida, meus amigos moram no meu coração. Cada dia mais eu passo menos tempo com eles, falo menos com eles, mas os amo igualmente. Tenho um amor que é mais que amigo, é companheiro, é amante, é para quem entrego meu coração, sem medo. E com ele passaria do amanhecer ao anoitecer e até mais. E as vezes é com ele que menos passo o tempo. Isso dá saudade, e um aperto no peito. E eu não sei até que ponto isso é bom ou ruim, só sei que as vezes sem pensar nós nos deixamos e vamos amar outras pessoas. E isso não é um problema, mas que eu sinto a falta de domingos no cinema, isso eu sinto.

E o medo do novo?
Onde eu coloco ele agora que TUDO é novo?

Os dias

Passam cada vez mais de pressa
E eu gostei da minha rotina de férias
Podiam não acabar
Mas estão no fim
E a cada dia os dias acabam mais rápido
Mas ainda há tempo para amar.

2012

Ele chegou e por enquanto está tudo bem. Mas tudo passa.

Ainda tem 2011

 
-Uma amizade, um companheirismo e um namoro. Assim começou 2011. E agora o ano está quase acabando e   estamos juntos, e como crescemos, ele quase um homem, eu quase uma mulher, QUASE. 

-Música. 2011 também começou com muita música. Oficina de música de Curitiba, os 10 melhores dias seguidos do ano. Amigos, MPB, muito o que aprender e uma enorme lição (a primeira delas): Viver meus 16 anos agora, porque aos 50 eu vou sentir falta deles e não os terei para viver. Eu aprendi muita música lá sim, mas nada foi maior do que está lição. 

-"A férias não acabem, por favor você está tão boa." Mas acabaram. E as aulas começaram tortas já. Cheguei atrasada já no primeiro dia, não tinha lugar pra eu sentar perto dos meus amigos, e no decorrer dos dias eles ficaram cada vez mais distantes, então conheci o meu primeiro novo amigo, um japonês chato que hoje é o chato mais legal que eu conheço. 

- E um dia quem eu admirava e considerava uma grande amiga, sem maiores explicações não falou mais comigo. E eu não tentei fazer lá muita coisa pra mudar isso, aceitei o lado dela, e sofri. E como eu sofri. Minha vida estava tão boa, eu estava descobrindo o que movia minha vida e vem uma apunhalada pelas costas. Como doeu. Mas ai veio um enorme desafio: Fazer amigos. E eu consegui.

- Fui migrando de canto em canto da sala, pra ver se eu encontrava alguém que estivesse disposto a me acolher. E depois de descobrir em uma moça que eu já conhecia a um tempo uma amiga, um dia em uma aula de física conversei com uma guria que disse, eu te entendo. E dai não paramos mais. Eu, a Carol, a Lari, o Djonny e nem sei como mas o Marcos não nos largamos mais. E dai só fomos agregando pessoas, como o Lucas e o Will e a Fran e a Ana, e assim foi.

- Ana Caroline de Paula. Me ajudou eim. Me tirou dessa fossa junto com meus novos amigos e me disse, você tem amigos sim, ou eu sou o que? É a Carol nem é mais minha professora de piano é a minha grande amiga. 

- Lorena, ai esse ano eu aprendi a dar valor a ela, depois de muitos perrengues ela me ensinou que quem se importa só se importa, sem maiores motivos.

- Não lembro que dia foi nem nada. Sei que eu estava tomando banho e eu cantarolei 4 versos, que geraram a minha primeira música que eu li e disse: Essa vale a pena. Libertar é o agente transformador do meu sofrimento para a minha alegria.

- Agosto, o mês corrido esse. Mil aniversários, a começar pelo da minha mãe. Dai o do Marcos o das Carols o do Matheus (meu namorado) o da Ana Má e no fim de julho teve o da Lari, e teve o da Vick e nossa, muitos mesmo. E ainda melhor, fiz meu primeiro "show", a Carol (piano) e o pai dela me deram a oportunidade de tocar no projeto deles que se chama Expressarte, e foi uma experiencia incrível, ensaiar, fazer músicas, arranjar as coisas, organizar o repertório, subir no palco e cantar. Tudo muito maravilhoso. E no fim de agosto ainda teve a despedida do Djonny, ai que aperto no coração, o meu amigo japa foi pra Irlanda fazer intercambio e nos deixou aqui com saudades dos seus trejeitos malucos e da sua risada zuada. Mas agora ele já voltou!

- Dia 2 de setembro de 2011. Meu aniversário. O MELHOR DELES. Tudo tão simples, mas do coração. Me deram uma festinha surpresa, bem loca e na correria, mas foi a melhor sensação da vida shaushau apesar de eu ter descoberto antes, mas nem falei nada,rs. A tarde vi a Lorena, rapidinho mas muito válido, minha mãe numero dois a Nádia que é muito importante pra mim também veio me ver. O Matheus veio me ver a noite, e minha mãe chegou de viajem, até meu pai lembrou de me ligar, o que eu nem esperava. E uma coisa maluca aconteceu, a Letícia, que foi quem não falou mais comigo e que eu considerava uma grande amiga, voltou a falar comigo. Não como antes, lógico, mas eu não me importei, me surpreendi fiquei feliz, mas hoje ela é só uma pessoa que já fez parte da minha vida. Quanta coisa para um dia só. Ah e eu ganhei vários presentes ainda, rs.

- Comemoramos meu aniversário formalmente no dia seguinte, no Mc Donald's. E eu me diverti eim. Faltaram algumas pessoas, mas foi muito bom.

- Coral da Utfpr. Uma amiga de infância estuda no Cefet e através da mãe dela fiquei sabendo que ela estava no coral, conversei com ela, e dai ela me levou até lá, e comecei a cantar. Gente com é difícil cantar em vozes, mas é muito bonito. Me diverti bastante, achei umas coisas erradas, umas pessoas malucas, mas estava muito corrido, tive que sair, sinto falta, mas conheci gente muito boa lá, até meus irmãos gêmeos shuashua. Um eu já conhecia desde criança, e foi muito bom revê-lo. 

- Me ferrei em matemática, sentei no fundão, só brinquei e deu no que deu. Fiquei de final por causa do terceiro bimestre, mas passei tranquila. 

- Depois de um bimestre brincando, fui pra frente, me dediquei prestei atenção, e não foi totalmente suficiente, mas ajudou muito. 

- Beto Carreiro. Me diverti, e me surpreendi. Conversei com a Letícia e descobri o real motivo dela ter me deixado. O motivo pouco importa, mas foi devido a uma mentira que ela não quis confirmar.

- Férias, mal começaram, e eu estou gostando de ter tempo pra mim sabe. Ano que vem muita coisa vai mudar e eu não sei se estou preparada, mas vou ter que estar.

- Bom deixei de falar muita coisa, mas falei do que mais mexeu comigo. Além de tudo isso, eu trabalhei bastante, ensinei bastante, tive orgulho dos meus amigos, aprendi com eles, eu ri muito, eu passei horas na frente do pc, fiz um blog novo que está um sucesso, curei minhas criticas afiadas, fiz amigos inimagináveis, cantei, torci, entristeci, briguei, ouvi, fui ouvida e o melhor EU AMEI ESSE ANO QUE AINDA NÃO ACABOU. E EU AINDA O AMO. 

Eu amo você mundo, desse meu jeito torto, mas amo.